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15/10/2024

Participe da conversa sobre cannabis com conhecimento e sem preconceito.

Responda rápido: qual a diferença entre CBD e THC? Se você sabe a resposta de bate-pronto, sem nem precisar pensar muito, significa que já tem certa familiaridade com assuntos relacionados à cannabis. Se não tem muita certeza, mas já ouvir falar alguma vez na vida, então nossa conversa será mais fácil. Mas se não sabe nada, não quer saber e acha que isso é coisa de drogados, então o caso é bem mais complicado. Simplesmente por um motivo: trata-se de preconceito oriundo do desconhecimento. Para isso há cura, basta querer entender do assunto para participar da conversa de maneira límpida e transparente.

Não faz muito tempo, em uma sessão na Comissão da Câmara dos Deputados em que se discutia o encaminhamento do Projeto de Lei 399/2015, vimos parlamentares debatendo cannabis com muitos pontos desrespeitosos em relação à verdade.  Destaque positivo para um deles, o deputado Daniel Coelho (Cidadania-PE), que deu um depoimento pessoal sobre o uso da cannabis medicinal no tratamento da doença de sua mulher. 

É muito comum buscarmos informação apenas quando a crise bate em nossa porta. Neste exato momento, milhares de pessoas sofrem com males que poderiam ser totalmente aliviados com o uso da cannabis. Mas legisladores parecem não se incomodar com isso, focados em suas brigas particulares. 

Embora seja uma planta sem qualquer princípio psicoativo, o cânhamo tem sido colocado por alguns em um balaio onde estão drogas pesadas, o que é absolutamente errôneo. Cânhamo é uma planta com praticamente nada de THC (tetrahidrocanabinol), portanto não dá barato. E também não serve apenas para a medicina. Além de tratar o solo, ainda pode ser utilizada por indústrias dos mais variados ramos.  Friso aqui que o THC, quando bem utilizado, é extremamente importante no tratamento de diversas doenças e médicos bem preparados para prescrever esse tipo de medicamento poderão orientar os pacientes de maneira individualizada, caso a caso.

Mas vamos voltar ao cânhamo, planta que contém cerca de 65% a 75% de celulose. O cânhamo requer quatro vezes menos água para o cultivo e processamento do que o algodão, se torna a opção que menos impacta o meio ambiente no plantio. Só que foi justamente a indústria do algodão que entrou nessa briga, há algumas décadas, para impedir o avanço desse tão relevante competidor nos Estados Unidos. A reparação histórica – e, claro, econômica – está em processo naquele país neste momento.

Um único hectare de cânhamo industrial pode fornecer cerca de cinco toneladas de celulose por ano.  A produção de bioplástico é outra entre milhares de aplicações possíveis para o cânhamo. Justamente por possuir altas concentrações de celulose em sua composição, o cânhamo oferece alternativa sustentável em relação ao plástico mais utilizado hoje em dia, oriundo de resinas derivadas do petróleo ou gás natural, materiais fósseis, poluentes e finitos. O plástico feito de cânhamo é 100% biodegradável, acredite.

No Brasil, com déficit habitacional estimado em 6 milhões de moradias, poderíamos transformar cânhamo em hempcrete. Ou seja, um concreto feito com hemp, o outro nome do cânhamo. Os blocos têm alta capacidade de reter carbono e apresentam massa térmica superior ao concreto tradicional. 

Dá para seguir muito além com exemplos, mas acho que já deu para entender o recado. Quem não desistiu da leitura até aqui, entendeu claramente do que estamos falando. E agora, sim, tem elementos para formar uma opinião consistente sobre o assunto. 

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